segunda-feira, 13 de junho de 2011

Projeto Oficial - III EDEEPe

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Projeto do III EDEEPe

Encontro Distrital e Entorno de Estudantes de Pedagogia

EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS: DESAFIOS DAS IES NA FORMAÇÃO DOCENTE

19, 20 e 21 de agosto de 2011


APRESENTAÇÃO

O presente projeto traz informações e orientações pertinentes a realização e organização do III EDEEPe, a ser realizado nos dias 19, 20 e 21 de agosto de 2011, sob o tema: “EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS: desafios das IES na formação docente”; pretendendo reunir estudantes do curso de graduação em Pedagogia e Pós-graduação em Educação, do Distrito Federal e Entorno nesse importante espaço. Aqui detalhamos pontos indispensáveis como o histórico do movimento estudantil, os objetivos do encontro, aspectos organizativos e a programação do evento.

O principal motivo para a realização do III EDEEPe diz respeito à necessidade em dar continuidade à organização do MEPe no Distrito Federal. O encontro abordará a temática dos Direitos Humanos, para uma avaliação sobre a aplicação do PNEDH nas IES, e de sua importância na formação do profissional docente.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O debate sobre Direitos Humanos e a formação de um cidadão ciente desses direitos, ganhou espaço a partir dos anos 1980 e 1990, através do engajamento e participação reivindicativa dos Movimentos Sociais Populares, resultando em políticas públicas afirmativas de Estado, que possibilitassem a equidade das condições de existência, participação e oportunidades dos sujeitos sociais (GOHN, 2009). A Educação em Direitos Humanos (EDH) é considerada um conceito de educação e construção de uma cultura participativa capacitadora de sujeitos autônomos e aptos a realizar uma leitura crítica do mundo e consequentemente, para uma ação transformadora (PET-EDU, 2010). O PNEDH estabelece o fortalecimento do respeito aos direitos humanos e aos valores sociais.

O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, em sua última versão - 2009, reafirma a autonomia das universidades – que abrange os espaço de ensino, pesquisa e extensão. A LDB estabelece como função das IES o desenvolvimento de espaços de cultura e de troca com a sociedade. No embate desses dois pontos levantados, o PNEDH ainda levanta como ações programáticas das IES, a contribuição na luta urgente em se afirmar como prática cultural a luta, a defesa e a garantia do cumprimento dos Direitos Humanos (DH). Isso se dará na divulgação do PNEDH como uma diretriz curricular e nas políticas e parâmetros para formação continuada de professores em DH; o desenvolvimento de metodologias pedagógicas na formação profissional inseridas no PNEDH; no apoio e fomento da divulgação dos DH em seus diversos espaços e no contato com a sociedade; a realização de ensino, pesquisa e extensão na área; um acervo literário específico de DH em suas bibliotecas; o acesso, inclusão e a permanência de pessoas com deficiência e/ou discriminados pelas diversas diferenças enraizadas na sociedade; entre outros assuntos a serem levantados.

Neste sentido, é valioso o debate sobre uma ação consciente das necessidades sentidas no espaço acadêmico, e a premissa de que a EDH é fundamental para formação profissional do Pedagogo, e ainda se faz mais fundante, na própria formação humana – inerente a todos os campos disciplinares. A EDH ainda é um dos mais valiosos espaços de instrução no combate às violações dos DH. (TAVARES, 2010). Formar um cidadão ciente dos DH, desde a mais tenra idade, e incentivar o cumprimento e a defesa dos mesmos, na ação cotidiana tem-se tornado uma ação urgente para a transformação da sociedade em um espaço mais democrático, e mais humanizado.

A formação de pedagogos/as aptos a atuarem em um espaço educativo, necessita de atenção, principalmente quando se fala nas práticas pedagógicas cotidianas coerentes com a ação e metodologias realizadas pelo educador. Tavares (2010) propõe que a formação do educador necessita estar afinada com a EDH, e o primeiro passo, é o próprio educador se tornar um conhecedor, defensor e praticante dos DH – ou seja, os DH precisam ser adotados não apenas no processo de formação do educador/pedagogo, mas como no dia-a-dia do mesmo. Sem esta coerência, o discurso acaba sendo deslegitimado pela ausência da ética humana, social e profissional.

Sabe-se que a educação deveria ser um espaço de diálogo e formação de sujeitos críticos, autônomos, cidadãos reconhecedores de si na sociedade (FREIRE, 1996). Nesse caminho, a educação é que dará a orientação para uma ação de mudança social, onde os sujeitos estejam afinados com as políticas públicas e os DH, e construir, de fato, um espaço de processos democráticos. A EDH é quem forma a sensibilidade do cidadão consciente, multiplicador da ação dos DH e do bem-estar social (TAVARES, 2010).

Constituir e garantir um espaço de formação de um educador, em EDH, se faz tão necessário, quanto acreditar no futuro da sociedade. A EDH, “Para o Ensino Superior voltado para a cultura dos direitos, cultiva modos, métodos, práticas pedagógicas e opções metodológicas, que intensificam o modelo solipsista e autodidata” (BITTAR, 2010). Os sujeitos sociais, sobretudo o educador, estão acostumados a reproduzir práticas e modelos conservadores e padronizados, que não levam em conta que a educação – independente do espaço, é o instrumento de formação e, portanto, de agentes sociais. A padronização conservadora dos mais variados métodos atinge e restringe esse agente social que nega e estranha o desconhecido ou o informal (não padronizado), e os concebe a partir de pré-conceitos. É necessário se incentivar que educadores adotem a prática do estranhar o padrão, e não o diferente. Em se adotar metodologias que provoquem o que Freire tanto nos aponta – e comprova – como formadora de agentes/sujeitos autônomos do conservadorismo, da opressão e do opressor social. E essa prática, precisa ser construída no cotidiano.

Faz-se imprescindível que os próprios estudantes da pedagogia – da educação – se posicionem interessados nos DH e, sobretudo, se tornem agentes da EDH. Levantar essa questão em um espaço acadêmico e disseminá-lo no mesmo âmbito – de formação profissional – não é capricho apenas dos movimentos sociais, mas prática libertadora daqueles que tem possibilidades de acesso aos DH, os primeiros detentores do conhecimento na área. Aplicar o PNEDH não se faz apenas uma proposta educativa, mas um plano de vida. E a vida se faz pela educação. Os DH pertencem a todos, e, portanto, a responsabilidade de aplicar e defendê-lo no dia-a-dia.


RELAÇÃO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

As proposições conclusivas obtidas através do diálogo, debate e discussão, e da troca inter e transdisciplinar levantos pelos diversos sujeitos e os seus pertencimentos disciplinares envolvidos na atividade sinalizam a ligação indissociável entre o ensino, a pesquisa e a extensão. As abordagens de cada temática articulam orientações conceituais, as pesquisas empíricas e teóricas e a prática investigativa e extensionista realizadas pelos executores e participantes da atividade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pessoas queridas,

Será que não é interessante acrescentar algo que atente os estudantes para a discussão do PNE... pq é ele que vai nortear a educação no Brasil pelos próximos 10 anos ne??
Quem sabe um gt ou ate mesmo uma cartinha no material dos incritos... sei lá...

sorte pra vc no encontro!!

Até,
Gabi Almeida - Pedagoga pela UnB

Anônimo disse...

Como pesquiso o tema direitos humanos em educação, inclui relatos em IFES, ára de matemática, gostaria se possível que alguém que fosse coordenar fazer contato comigo

João Batista do Nascimento
e-mail: jbn@ufpa.br

O caso dos mais significativo nisso que tenho na minha pesquisa é que em Minas estão até tirando sangue de estudante da rede pública das séries iniciais supondo que não aprendem matemática por alguma doença genética.